quinta-feira, 31 de março de 2011

Big Brother

     Eu estava no hospital fazia horas, arrependida de ter esquecido meu livro e arrependida de ter esquecido o celular. Eu já tinha preenchido a ficha, e só estava aguardando ser chamada.
     -"Alice Elias"
     Ouvi um estalo em minha cabeça. Levantei, e segui a médica. Depois de descrever os meus sintomas, ela me disse para fazer exame de sangue e raio-x, e (que surpresa!) aguardar ser chamada. Fui para a sala 12,  entreguei as anotações da doutora para uma enfermeira e fechei os olhos. Senti uma picada, uma pressão, ah, não resisti, abri os olhos. Ela estava colocando o band-aid redondo e anotando alguma coisa na minha ficha.
     Fiz o raio-x normalmente e voltei para a sala de espera. Percebi que do outro lado da rua tinha um restaurante Habbib's e avisei minha mãe. Estava vazio, apenas 3 mesas ocupadas. Sentamos e fizemos o pedido. Por descuido, tínhamos sentado na mesa bem na frente da TV, passando a final de Big Brother.
     Eu estava acabando de comer quando levei um susto, gritos, palmas reclamações e comemorações. Eu olho para os lados e vejo uma turma com mais ou menos 7 pessoas, homens e mulheres alguns estão comemorando e outros xingando, todos vidrados na TV.
     Quando percebi porque toda a gritaria, eles já tinham ficados quietos de novo. O vencedor tinha sido anunciado, e agora era a hora do "discurso emocionante". Eu ri, e ri muito alto, ri sem conseguir parar e perdi a preocupação da demora do hospital.
     Quem iria imaginar que uma coisa tão simples e besta como o Big Brother poderia nos fazer tão alegres? E porque será, que isso me animou? Eu não saberia dizer, mas existem coisas da vida realmente inexplicáveis...

2 comentários:

  1. Oi Alice,
    essa crônica está ficando legal, mas está mal finalizada, não fica claro porque você riu tanto, e vale a pena colocar alguma reflexão sobre o Big brother, o fato das pessoas, num restaurante, estarem vendo tevê ao invés de conversarem, e assim por diante. Elabore mais!!
    luana

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  2. Oi Alice,
    concordo com a Luana, e também sugeriria algum tipo de contraste entre o ambiente do hospital e do restaurante, afinal essa mudança de espaço é significativa, certo?

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